Não quero o que a cabeça pensa[1]

daisy25marEm meus pensares, há uma questão recorrente: o que é a alma de um país?

Anima, origem latina, significando “o que anima”. Claro, nenhuma dúvida. A alma de um país é a criança, pois é o futuro que anima, energiza, ou devia animar e energizar os planos das pessoas que compartilham uma terra e se dizem compatriotas.

Vamos ver então, numa análise bem simples, que futuro estamos preparando para a “alma do Brasil”.

Ensino – a situação da nossa Educação no ranking mundial é… Como dizer? Estamos em antepenúltimo lugar, segundo relatório produzido pela empresa de sistemas de aprendizado Pearson, ligado ao jornal Financial Times e pela consultoria britânica Economist Intelligence Unit (2014). É a segunda edição do relatório, e nossa classificação melhorou… Aparecemos em 38º lugar, uma (1) posição acima do que em 2012.

Ah, então melhoramos?

Sim, em 2014, atrás de nós, só México e Indonésia, os últimos colocados na amostra de 40 países da Ásia, Europa, e das Américas. Países da África, por exemplo, não foram incluídos na amostragem.

Tá. Educação é o que já conhecemos… O organizadíssimo ENEM, professores trabalhando “por amor” (porque por salário é que não deve ser). Problemas? Muitos. Soluções? Ah, tipo aquela… atrapalhou, elimina. Assim, o índice de repetição de série está alto? Tira!

Educação é prioridade… Ah, é? Tá.

Então vamos falar de Emprego. Ih! Deve continuar crescendo…

O quê? A taxa de desemprego… deve continuar crescendo no país nos próximos dois anos, de acordo com relatório divulgado pela OIT (Organização Mundial do Trabalho) na semana passada. Segundo essa Organização, deve atingir 7,1% m 2015 e 7,3% em 2016.

Ah, é? Tá.

Bom, melhor parar por aqui, e nem tocar na “lavanderia”, que parece ser hoje a atividade que mais exige da “anima’ brasileira.

E fico eu de cá vendo o menino entrar no túnel e continuar seu caminho confiante, porque sabe que do outro lado existe a luminosa presença de uma “mãe gentil”. Vinicius é o seu nome. O que posso eu ou você, dizer ao Vinicius que tipo de futuro estamos ajudando a preparar para ele?

Pensando assim, meu “coração selvagem” lembra de Belchior… “Não quero o que minha cabeça pensa, quero o que minha alma deseja”. Ou precisa.

[1] “Coração selvagem”, de Belchior

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