Shambhala

O terrível acidente de ontem com o avião que transportava a equipe do Chapecó impactou o mundo. Mensagens solidárias de clubes de futebol, de associações e de governantes foram enviadas. Chapecó, cidade catarinense de pouco mais de 200 mil habitantes, ficou devastada pela tristeza. As famílias que perderam seus entes queridos, nem se fala.

Aí vamos nós à reflexão que, acho, devemos fazer sempre, especialmente quando um fato dessa natureza ocorre. Como se pode entender… um grupo de pessoas que lutam juntas a perseguir um sonho, e quando este se aproxima e chega bem perto essas vidas são encerradas tão bruscamente? Alguns diriam que foi “vontade divina”. Mas não eu.

Não sei, não costumo emitir opinião sobre o que não conheço. Um acontecimento desse porte é mais um daqueles que temos que “entubar” sem entender, aceitando a nossa pequenez humana diante dos mistérios da existência.

Mistérios acontecem por aí todos os dias, sabemos nós, e agora as investigações, as explicações, serão apenas uma formalidade, porque as vidas já se foram, levando com elas o sonho de uma cidade inteira — era o que eu pensava ontem à noite ao iniciar minha meditação, como faço diariamente. Mas, abrindo a minha programação do dia, descubro que hoje, dia 30 de novembro, é o Dia da Colheita Humana em Shambhala.

Shambhala em sânscrito quer dizer “um lugar de paz, de felicidade e de tranquilidade”. Dizem alguns textos tântricos que precederam o budismo — como, por exemplo, o que foi escrito por Zhang Zhung — que Shamballa existe: fica perto do deserto de Gobi e só pode ser habitada pelos”puros de coração e de alma”.

Na Tailândia existe, sim, uma cidade chamada Shambhala, cujos templos são belíssimas obras de arte, e hoje, certamente, estarão lotados pelos que seguem os ensinamentos tântricos que pregam ser a busca pela ascensão a grande busca do ser humano, o que aumenta a sua esfera de Luz e possibilita o acesso ao Poder. Claro que, ao se manifestarem assim, estão se referindo ao poder sobre os mistérios da própria vida, e sobre sua própria consciência.

Na verdade, o objetivo a ser alcançado deve ser o nível de consciência expandida, a consciência “limpa”, branca como a paz, a consciência brilhante da Luz que poderia iluminar o mundo e diminuir a injustiça e todos os efeitos resultantes da má utilização do poder.

É… 30 de novembro, Dia da Colheita Humana em Shambhala… e eu faço aqui um convite a vocês: que a busca pela tranquilidade e paz não seja só um discurso, mas que se incorpore às suas ações diárias, aos seus relacionamentos, à sua vida.

E que a Luz que será doada a Shambhala hoje por tantas pessoas possa iluminar Chapecó na busca de caminhos que diminuam o sofrimento dessas famílias que perderam seus entes queridos, e possa inspirar  toda uma cidade a descobrir novos sonhos.

#forçachape.

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