Trecho do meu livro “220 Volts de Absurda Emoção”

(…) No restaurante registrei o contraste em tudo o que lhe havia em cima – apesar do blazer chique, da gravata de marca, da camisa impecável, ele usava uma calça jeans explicitamente velha, rota, e, para confirmar a contradição, sapatos brilhantes como se as negras noites tivessem emprestado do sol o seu poder brilhador. Seu cabelo continuava despenteado, eu diria mesmo desgrenhado, como um selvagem.

Um disfarce, ou uma contradição? A princípio não me chocou a disparidade, mas pensando melhor, e num esforço de ser o mais sincera possível, devo dizer que sim, que a disparidade me chocou profundamente, o que me deixou ainda mais interessada em descobrir como ele seria sem o que me parecia um disfarce. Ora,  nem mesmo posso dizer que tenha sido um disfarce, primeira palavra que me ocorreu no momento do choque visual.

De qualquer forma era imensa a vontade de saber se nas suas atitudes, pensamentos e ação, ele teria o refinamento daquele blazer, ou a ousadia agressiva daquela calça jeans.

E o disfarce? Seria uma ilusão para si mesmo ou um disfarce para plateia?

De qualquer forma era um homem fascinante. (…)

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