À Procura do Tempo…

Houve um escritor francês, Marcel Proust, que escreveu um livro chamado a À La Recherche du Temps Perdu, que se traduz por À Procura do Tempo Perdido, livro tão antigo, mas que me veio à cabeça diante de alguns acontecimentos que tenho observado.

E o que tenho observado? Ah, que me parece que as pessoas estão perdendo aos poucos o “encantamento” com as selfies e registros de tudo, tudinho mesmo, na mídia social. Tenho mesmo a impressão que, embora não tenha caído no esquecimento, a mídia que está ao alcance de qualquer pessoa está sendo utilizada com mais parcimônia, com mais critério.

Para mim este é um bom sinal dos tempos, sabe por quê? Porque aos poucos as pessoas estão lidando melhor com a sua imagem, e vão percebendo que imagem não se constrói com sorriso (muitas vezes falsos), ou com poses forçadas em lugares bacaninhas.

Ou talvez estejam lidando melhor com o Tempo e notaram que não podem aprisionar o momento feliz publicando-o no Face, ou no Insta. O momento feliz, assim como o infeliz, passa, vai embora, muitas vezes nem deixa rastro. Da mesma forma, como diz Proust, “Nada fica intocado pelo tempo que a tudo desgasta”.

O protagonista do livro diz, “Nada é eterno e nada sobrevive à passagem dos anos”.

Bom, de cara eu sempre achei uma grande contradição neste livro. Contradição entre o título e seu conteúdo.

À Procura do Tempo Perdido?

Ora, caro amigo, de nada adianta ficar procurando um tempo que você considera que desperdiçou. Mas…, o tempo foi vivido com verdade, intensidade e respeito, terá sido perdido?

O Tempo tem seus caprichos, não pense que você o pode enganar. Tempo não se vende, não se compra, não se empresta.

Portanto, você aí que acha que “desperdiçou seu tempo” em alguma época da vida, reflita sobre o que está dizendo e diminua o ritmo… Não adianta estar nessa corrida febril, você não vai recuperar o Tempo que não soube viver. Este está, mesmo, perdido. E o que se pode fazer para diminuir esta sensação de perda… Bom, para mim só há um caminho: viver com o máximo de verdade e dignidade possível, pensando em seu futuro e honrando o seu passado, sem tanta pressa, e tratando o seu Tempo como fosse uma joia rara, que, aliás, ele é.

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