Ano Novo. NOVO?

Esta semana ouvi, perplexa, uma pessoa, relativamente jovem, afirmar: “Não sei se digo mais um ano, ou menos um”.

Como assim? Nada retruquei, pensei apenas.

E observei que muitas pessoas não conseguem se fixar no que aconteceu de bom, marcam o que foi ruim.

Penso que vai ser difícil para estas pessoas terem um NOVO ano… estão ligadas ao passado. O NOVO, claro está, é o que nasce, o que se renova, e quem pensa renovar-se com base no que não deu certo, como vai identificar as novas oportunidades que virão?

Um Ano que chega é o álibi ideal para mudarmos certas atitudes… aquelas atitudes que a gente toma sem pensar, e que acabam em confusão, em mal-entendidos, em conflitos. É muito comum transferirmos a responsabilidade deles a outras pessoas: “Fiz isso mesmo, porque Fulano é tão grosseiro… Fiz isso mesmo, porque estão dificultando tudo para mim”.

Existe um exercício que gosto de fazer: escrevo num papel em branco, caneta vermelha, tudo o que desejo e planejo para o Novo Ano. Numa outra folha, escrevo a lápis tudo o que não deu certo, o que foi desagradável, o que não me agradou. O sujeito dessas frases que escrevo é sempre o mesmo: Eu.

Por exemplo, jamais escrevo que fiz isso ou aquilo porque alguém me levou ao erro, assumo a responsabilidade pelo erro. Assim, nunca escrevo que fiz isso porque Fulano… Corta essa… Fulano está fora.

No máximo escrevo: Errei porque eu não percebi que as intenções de Fulano não estavam em sintonia comigo. E PONTO!

Quando deslocamos o sujeito fica mais fácil. Eu não posso mudar o outro, mas posso mudar a minha percepção dos fatos, posso aguçar minha sensibilidade para perceber o que é ideal para mim, e bater em retirada ou modificar meu plano quando não vejo boas condições.

Outra coisa: tenho sempre um Plano B para o caso de o A não estar dando certo.

Em suma, planejar o ano que chega é fundamental. E não só com relação a fatos, mas especialmente com relação às atitudes que não estão facilitando atingir objetivos.

No mais, é AGRADECER.

Gratidão pela vida, pela saúde, pelas pessoas que compartilham com você a vida, o trabalho, e qualquer atividade que desenvolva.

Acabando de escrever as duas folhas, guardo a que escrevi em letras vermelhasa dos planos e agradecimentos, num lugar fácil de acessar durante o ano, para conferir.

A que escrevi a lápis, apago e rasgo a folha novamente em branco. Queimo esta folha, para transformar em cinzas o que fiz de errado. Esse é um recado para o meu inconsciente.

No mais, desejo – lhes um 2020 cheinho de bênçãos, de alegrias, de planos realizados.

A espiral do tempo continua rodando, e nessa roda você pode sair de alguns círculos viciosos que estão impedindo o seu crescimento espiritual, emocional e até financeiro.

Feliz Ano Novo.

2 Comments

  • Norma Machado disse:

    + 1 – 1 .
    Acredito ser um ” jogo de acertos” !
    O melhor que temos a fazer é seguirmos em frente sem olhar para trás!
    Apostando, confiando em dias melhores.
    Feliz Ano Novo!
    Norma.

  • Terezinha Nascimento disse:

    Muito boa crônica e vamos viver este ano novo com muita gratidão .

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