Black is Beautiful

majuNão consigo imaginar por que cargas d’água alguém se dá ao trabalho de sair fazendo críticas ou comentários preconceituosos, sejam de quaisquer origens — cor, raça, opção sexual, enfim.

Li a primeira publicação que fizeram nessa última onda de raivosidade racial, mas confesso que não me dei ao trabalho de procurar os comentários posteriores. Assim, estou falando sobre uma coisa que apenas “ouvi dizer”. Isso mesmo, é o tipo do assunto que, se você já viu um, viu todos, porque se igualam em mediocridade.

Mesmo assim, vou me arriscar.

Com tanto assunto para falar e ocupar sua pobre inteligência, será que as pessoas que produzem esses comentários não percebem que, se o seu “barato” é criticar ou diminuir a pessoas de quem falam, provavelmente haverá alguma outra questão a considerar para alimentar seu “apetite” destruidor, em vez de apenas criticar por causa de cor, ou raça, ou usando qualquer outro viés de preconceito? Ora, simplesmente poderiam procurar alguma coisa em que aquelas pessoas não tivessem nível de excelência, e aí, sim… mandar a crítica.

Mas não. Preferem ir pelo caminho mais fácil, mais insignificante, menor. E me pergunto se poderia existir algum nível de prazer ou satisfação em ficar cuspindo falas com o único intento de tentar diminuir pessoas por condições sobre as quais elas não têm, nem nunca tiveram controle, especialmente no que se refere a raça e cor.

Sim, alguém nasceu negro porque teve um pai ou mãe ou ambos negros. E daí? Só por isso viram alvos de raivosos raciais? E o que garante que não são melhores pessoas, em dignidade, em inteligência, em humanidade do que o próprio que emite a crítica?

Eu, que já gosto de uma reflexãozinha, dou tratos à bola, e não consigo identificar em que situação e em que tempo estariam as origens dessa raivosidade.  Claro, além do vergonhoso evento da Escravatura.

Só que… em 1888, mais precisamente em 13 de maio de 1888, foi assinada uma Lei, que se chamou Lei Áurea, e que extinguiu a escravidão no Brasil.

— Mas isto é muito antigo!

— Puxa,  se é antigo, por que ainda usam argumentos deste tipo?

Quer saber? Pra mim, das duas, uma: ou esses raivosos são uns sem noção, e sem o menor conhecimento de história, ou essas pessoas agredidas são tão bacanas, que não sobrou nada para atacá-las, a não ser a sua cor.

Agora, de qualquer maneira, os raivosos estão fora do tempo e fora de moda, porque desde os anos 60, já se sabe que black is beautiful.

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