Hoje é dia de Rock?

Só se for para você, bebê. Porque o meu “rock” começou desde o início desse mês.

Uma autêntica revolução.

Entes revoltados, negando-se a fazer seu trabalho, me enlouquecendo com sua negação, me deixando sem meu café preferido, me obrigando a tomar café na padaria, logo eu que adoro tomar meu cafezinho matinal junto com aquela gostosa tapioca recheada de queijo (e na padaria nem fazem a bendita tapioca).

Continuando o movimento revolucionário, sequer podia assistir a meus programas prediletos, ou aos filmes que acalentam as madrugadas insones.

Para aumentar minha angústia, foi-se a comunicação, não conseguindo falar com meus amigos a hora que me dá na telha, amigos tão insones como eu.

Ah, mas a revolução ainda fez das suas, e eu nem vou enumerá-las, porque me falta a paciência necessária, eu que tenho um saco de paciência enorme, e, como aconselha meu Mestre Meishu Sama, costumo costurá-lo a cada furo que apresenta.

Mas não posso esquecer que minhas unhas ficaram quebradiças, talvez por terem perdido o hábito de chacoalhar as roupas, esfregando, torcendo, estendendo, ai, meu Deus, como é que pode uma revolução desse tipo?

Pois, acredite você, meu caro leitor, que a cereja do bolo fez exatamente esse estrago – o das unhas.

Pois é, uma revolução. A revolução dos eletrodomésticos, que carregou na aba o celular, e ainda deixou uns sinais esquisitos no meu pobre comp. (computador, é claro).

Isso mesmo, o rock que vem me chacoalhando desde o início deste mês, o mês da Primavera, em que tudo e todos deveriam ser gentis uns com os outros, esse rock me roqueou.

Começou com a cafeteira, continuou implacável pelo celular afora, que desliga sem maiores avisos, ou para de tocar, obrigando-me a dar justificativas mil aos que me deixam recados (que eu não recebo). Depois, a televisão cuja tela escureceu mais que noite sem lua no Saara.

Ah, a cereja de verdade foi a máquina de lavar roupas, uma lava e enxuga que me poupou as unhas por tanto tempo. E o peso da danada, para eu verificar se a instalação estava perfeita, se a tomada estava no lugar… Ufa! Você já carregou uma máquina dessas? Ai, minha coluna…

Não pirei, mas confesso que pifei, e, sem alternativa, saí trocando o que podia ser trocado, consertando o que podia ser consertado e, fazer o quê? Comprar, comprar, comprar.

O saco da paciência eu costurei, mas o bolso, este vai ficar meio furado até eu conseguir pagar essa tralha toda.

Sim, foi a Revolução dos Eletrodomésticos na minha casa.

E você ainda vem me falar de rock? A mim, que estou “dançando” desde o primeiro dia de setembro? Pois sim… Vou assistir o que puder é sentadinha na minha nova TV, tomando o meu cafezinho coado no coador como no tempo da vovó, prestando atenção se a luz do celular acende, porque tocar ainda não toca, que esse eu ainda não troquei. E ainda agradecendo aos céus, porque nesse quebra – quebra eu mesma não quebrei.

Enfim… Hoje é Dia de Rock, bebê, que cada um dance a seu modo porque eu quero é sossego. E, como dizia mestre Nélson Rodrigues … É SÓ!

Bom, espero que seja até porque não há nada mais a quebrar que não seja eu.

E eu? Resistirei, Resistência é o meu nome.

PS: mesmo roqueada, desejo que o Rock in Rio seja uma linda festa, e de Paz.

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