Não, Obrigada.

Logo no início desse embroglio todo, em que não se sabia ao certo qual seria a orientação – afastamento social, isolamento, nada a fazer, etc…, levei um susto quando cheguei ao Banco, e, estendendo a mão ao funcionário que conheço faz séculos, ele puxou rapidamente a sua, como se eu desse choque e disfarçadamente esfregou-a no paletó… Foi quando caí na real.

Na real do afastamento social.

Nem vou dizer da saudade dos abraços, eu que sou “abraçadeira”.

Também não vou lamentar sobre os outros inúmeros gestos de carinho que estamos “impedidos” de fazer.

Sou faladeira também, e meu netinho Daniel, cinco anos, me chamou atenção para o fato quando disse, olhando firme para mim “Vovó, por que você é tão falona? Depois, o rostinho sério se abriu num riso que durou um bom tempo.

Confesso que neste dia comecei a pensar seriamente no assunto, “Será que falo tanto assim? Será que incomodo com minha tagarelice?

Bom, deixo essa opinião a cargo dos meus amigos porque hoje o tema é “o que não se pode fazer…” espero que por enquanto.

Lamúrias e reclamações nada constroem, prefiro utilizar meu tempo pensando quais gestos de carinho são bacanas e possíveis neste tempo complicado que vivemos.

Primeiro pensei: ah, dar um pouco de atenção a pessoas carentes de amigos, a quem não é solitário por opção. Sim, porque existem pessoas que, mesmo solitárias lidam muito bem obrigada com o seu “estar só “. Outras conheço, que vivem cheias de gente à sua volta, mas cujo coração uiva igual um lobo-guará.

Tá… então, ligar para amigos e pessoas conhecidas que por alguma razão me preocupam.

Só que, no dia a dia…., como se trabalha em casa, pelo amor de Deus…no dia a dia o tempo foi passando e eu não tive tempo de fazer a tal da busca, que demandaria procurar nos meus contatos antigos… (sim, eu tenho um arquivo de contatos antigos… hehehe).

Claro, os amigos que ainda estão circulando na minha vida não preciso de fazer busca alguma, o zap me leva até eles com a rapidez do pensamento.

Ainda tinha aquela ideia na cabeça, quando recebi um SMS… Nossa, aí fui longe no Túnel do Tempo… e assim reencontrei uma amiga, Maria Lúcia, professora de História, com quem, para ser sincera, tive bons embates filosóficos num curso que fizemos faz tanto tempo que nem lembro mais quanto, e também não lhe perguntei. Não precisei perguntar porquê, … olhem só que coisa estranha… minha amiga revelou que estava me procurando justamente porque percebia pela mídia social que eu estou sozinha e ficou imaginando como eu estaria me sentindo… kkkkk.

Claro que foi muito estranho e tanto que, por uns instantes mesmo supersurpresa, fiquei pensando: será que já escrevi sobre minha intenção de buscar amigos solitários e não estou lembrando?

Claro que não, afinal minha memória não está tão prejudicada assim… rs. Ou seja, foi coincidência mesmo.

No início da conversa nos atualizamos da vida uma da outra. Mudamos muito – as duas – e o assunto depois migrou para o zap e foi desaguar no que sempre era nosso ponto de embate – politica, é claro.

Enquanto eu sempre fui moderada, nada utópica, sempre tive certeza, desde sempre, que essa coisa de igualdade entre os seres humanos, estes “regimes” que se dizem solidários e que tem como pressuposto básico a distribuição de riqueza e a igualdade de oportunidade não passam de conversa fiada. O prefácio é lindo, mas não chegam à página 2.

Por isto mesmo fiz questão de conhecer uma porção de países que estabeleceram esse discurso como verdade, e… Vai lá pra tu ver… (só falando assim).

Enfim, chegando ao assunto política, obrigatoriamente o foco seria os dias que vivemos… aí é que a coisa pegou fogo…

Mas isso é uma outra história, que fica para uma outra vez. Semana que vem eu conto o resto. Isso é, se sobrar alguma coisa…, porque o apetite dos políticos é fenomenal, só não é antropofágico, eles só não se devoram a si mesmos porque existe um componente da natureza humana – o espírito de sobrevivência. Só que não… às vezes o apetite é tão grande que quando alguns percebem, cometeram suicídio político. Aí, já era!

Até lá fiquem bem, tentando manter a tranquilidade possível, não se exponham porque ninguém sabe como esse praguento se transporta, locomove, transmite… sei lá. Praguento sim, me recuso a dizer o nome, não lhe dou este poder… kkkkk (rir às vezes é um bom negócio).

1 Comment

  • Terezinha Nascimento disse:

    Como diz Meishu Sama”a verdade está sempre com a criança” rsrs

    Rir faz muito bem😀😀

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