Nativo ou Imigrante Digital – Qual é a Sua?

Não venha me dizer que não conhece os termos, estão “no ar” desde 2008, quando John Palfrey lançou o livro “Nascidos na Era Digital”. Bem verdade que só foi lançada sua versão em português no ano de 2011, mas é um bom livro e seus conceitos são atuais até agora, quer ver?

Quem nunca ouviu alguém dizer, quando quer, por exemplo, instalar um app ou atualizar seu celular, ou está com alguma dúvida relativa a Internet “vou perguntar isso ao meu filho, ou ao meu neto”, sei lá, a um jovem bem jovem?

Se você é uma dessas pessoas que precisa dessa ajuda, você é um Imigrante Digital. E a pessoa que vai ajudar a resolver a situação é um Nativo Digital, simples assim.

Estou citando uma situação corriqueira, mas existem pessoas que são tão imigrantes que não conseguem sequer acessar um link pelo celular, por exemplo. Sim, o imigrante digital é a pessoa para quem a Internet ainda é uma grande novidade.

Já os Nativos Digitais são crianças, adolescentes e jovens adultos que nasceram a partir dos anos 80, e desde o primeiro choro conheceram o mundo em sua versão informatizada.

Se o problema se reduzisse a esta questão prática tudo bem… Seria mais um ponto de diferença e não necessariamente de discordância entre gerações.

Mas, na crônica da semana anterior eu deixei uma pergunta: Educação… E Agora?

A minha preocupação é a seguinte: de que modo a Escola vai lidar com essa garotada que, se antes já era “plugada no celular”, agora então… O celular foi a companhia “constante e amiga” que não falhou em todo o tempo de distanciamento social e escola sem aula presencial.

Como a Escola vai instrumentalizar seus professores, especialmente aqueles que ou são imigrantes digitais ou são apenas iniciados nos segredos da Informática?

E pergunto isto porque mesmo que os professores atuais estejam providos e familiarizados com os recursos, as técnicas me parecem que ainda são herança de uma cultura oralista e presencial vigente na formação desses professores.

Eles são os professores da era da transição e como tal, terão de inventar ou reinventar a metodologia para lidar com esse aluno que não se interessa por ler um livro, mas que faz “Arte” e “Literatura” no Instagram, e em outros apps de foto e imagem, tenho visto coisas muito criativas e interessante, desafiadoras e de alto nível de conteúdo.

O nativo digital constrói uma identidade virtual, porque passa a maior parte do dia interagindo em blogs, jogos, e as demais redes sociais.

O grande problema para os educadores (e aí incluo os pais e demais entes que tem objetivo educacional) vai ser aceitar essa identidade virtual, reconhecê-la e captar a atenção do Nativo Digital, face a tantas inovações, recursos e atrativos que a era digital proporciona.

Mais do que nunca, escola e família vão ter que dar as mãos e fazer juntos o dever de casa – “um mergulho” na era digital.

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