Pois é… Covid na área

Tanto cuidado, tanta máscara e.. Tive que, afinal, realizar exames periódicos atrasadíssimos, e, aproveitando, resolvi tomar a vacina de H1N1.

No dia seguinte estava com sintomas de gripe… Normal, pensei eu…Sempre que tomo a vacina antigripal fico com jeito de gripada.

Só que dois dias depois, percebi uma ponta de febre…, só 37.6… Estado febril, tudo bem.
Tudo bem, pensei. Tudo bem? Tudo bem nada!
E a hipótese de ser Covid? Fui fazer o teste.
Positivo…

Gente, que susto. Fiquei apavorada. De verdade. Mas logo saquei o meu escudo de Fé.

Chegando à casa imediatamente fiz contato com o filho médico e com meu clinico. Recomendações: repetir o teste no laboratório indicado e iniciar naquela noite mesmo a medicação.
Não posso descrever com precisão o que senti nos primeiros dias.

Medo? Mais que medo: fiquei bem apavorada.
Isolada e apavorada.

Poucas pessoas foram informadas, posso mesmo dizer que inicialmente contei a história às pessoas com quem estive nos dias anteriores para que ficassem atentas a qualquer sintoma. Naturalmente logo souberam do fato os meus filhos, netos e irmãs.

Filhos, netos, genro, noras…. Quanta gente! Bom ter família grande, tem sempre um de “plantão”, aquele que liga mais tarde, o outro que liga mais cedo e te acorda, o que fala pouco, mas não deixa de escrever duas palavrinhas abreviadas… “ Vc tá bem, vó? Q bom, vozinha’.

Os amigos “para sempre” foram sabendo à medida em que me ligavam para a conversa “de sempre”, aquele papinho habitual em que se reclama da política, do frio ou do calor, conta-se as novidades.

E como foram importantes esses papinhos durante o período crítico – os primeiros doze dias. Havia pessoas que me ligavam e era como se entrasse um raio de luz pela janela a dentro, meu coração se iluminava, e foi quando eu entendi o que nós, messiânicos, chamamos de makoto. Makoto é o sentir sincero, é a amizade espontânea e verdadeira, o afeto que ilumina nosso coração.

Afinal, passou o tempo, tive alta e durante todo o tempo a oxigenação esteve ótima, os exames normais e não tive febre além da que sinalizou a doença. Ou seja; fiquei bem, obrigada.

E aprendi. Aprendi tanta coisa…. Por exemplo, encontrei novos caminhos para percorrer nesse isolamento total em que fiquei, e perdi o medo da doença.

Perder o medo da doença não quer dizer que vou sair por aí festejando a cura. Não, o Covid exige respeito e eu também exijo respeito, agora mais que nunca. Ora, quando o respeito é mútuo, nada pode sair errado.

Sim, acho que RESPEITO foi a palavra-chave nesse período: respeito. Especialmente respeito à vida.
E, faço questão de ressaltar aqui – respeito aos profissionais de laboratório que – mesmo sabendo que eu estava infectada, vinham à minha casa e faziam o seu trabalho.

A outra palavra é GRATIDÃO. Gratidão às pessoas que fizeram orações para a minha cura, as que ligavam rapidinho ou me faziam um zap, “passando só pra mandar uma energia boa e o carinho”.

Ah, e por falar em carinho…. Gratidão aos meus médicos – dois profissionais de primeira categoria. Um é meu filho, Márcio, o outro é o Dr Ênio França, a quem eu devo muita, muita Gratidão. Essa dívida de Gratidão não é de hoje, é de longa data.

Como agradecer a quem nos fez tanto bem?
Não conheço outro jeito a não ser pedir aos céus que derrame chuvas de bênçãos sobre todas as pessoas que me demonstraram tanto carinho, e a esses profissionais competentes que me deram segurança para percorrer essa jornada.

Gratidão. Gratidão. Gratidão.

#Máscara só não é suficiente – todo cuidado é pouco.

#Vacina, vacina, vacina.

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