Newgotiation… Seria bom se fosse Verdade

… um doido chama o outro de maluco, falam de míssil e de bomba como se estivessem planejando uma festa de São João em Caruaru.

A palavra “da hora” no mundo dos Negócios deveria ser esta – Newgotiation. Aliás, isso deveria acontecer em todo e qualquer tipo de relação – do “business” à política. Por quê? Ora, simplesmente porque traria os benefícios de estarmos vivendo em plena era dos acessos, todos os acessos, a tudo quanto é tipo de conhecimento. Uma Era que tem tudo para ser a Era da Paz.

Ouvi um francês, Yan Duzert, professor da FGV, falar de newgotiation. Ele classifica sua metodologia para Newgotiation como negociação no cotidiano. Na ocasião, fazia um elogio a Angela Merkel por ter tirado “leite das pedras”, quando conseguiu reverter as críticas sobre a medida que tomou ao acolher refugiados, demonstrando que houve ganhos para a economia do país.

Dizia Yan que ela praticou o “ganha – ganha”, a essência da newgotiation, coisa já tão velha em Negociação e que, vou lhes confessar, muito raramente eu vi ser adotada para valer nas empresas. Sim, o que se vê com muita frequência é um querendo arrancar o que puder do outro, uma visão antiquíssima do que seja fazer negócio, do que seja estabelecer uma relação comercial.

Na Política então… Fica evidente o fingimento fantasiado de parceria, fatos escondidos para privar o “parceiro” de informações estratégicas, impedindo assim que todos estejam no mesmo patamar de conhecimento, o que facilitaria a mesma condição favorável ao decidir.

Acho que deveríamos dar mais atenção a este assunto Negociação, pois vivemos negociando – ora no trabalho, ora com amigos, com a família, e às vezes até mesmo com nosso desejo… Tudo, ou quase tudo é negociado. No trabalho, os horários, os projetos, salário. Com amigos, os programas de interesse comum, as discussões de opinião, o tempo e lugar de viagens… Com os filhos o que deve e o que não deve ser feito ou ser valorizado… Entre os companheiros, haja DR… Pode-se dizer que negociamos o tempo todo e nas situações mais diversas.

Ontem mesmo ouvi um comentarista no rádio dizer que “Seria melhor o Governo negociar com o bandido do que o povo ficar mais tempo amedrontado como está acontecendo aqui no Rio”, cidade em que, do nada, apareceu uma guerra – sim, caros leitores, uma GUERRA, na Rocinha, provocada por quem mesmo? Ah, por um carinha que está preso, lá em não sei onde… Tá. E a tal guerra ocupa todas as manchetes e praticamente monopoliza a berlinda, né? Os que estavam na berlinda antes devem estar agradecendo aos deuses pela sorte de saírem das manchetes.

No cenário internacional, um doido chama o outro de maluco, falam de míssil e de bomba como se estivessem planejando uma festa de São João em Caruaru. Aí, o outro resolve brigar com jogadores de futebol americano, um dos esportes que atraem mais público no USA, garantia que tal fato mobilizaria a atenção de grande parte do povo. Isso aí, será que foi sorte? Coincidência?

É, a newgotiation vai ter de ficar para depois, quando chegar um tempo em que os seres ditos humanos queiram realmente o consenso e a igualdade de oportunidades e que o Poder não precise mais ser escrito em maiúscula, porque será componente e apenas isto, de um cargo ou de uma função, como outro fator qualquer.

Mas, voltando a Merkel, dizia eu a um grupo de amigos, “Politicamente ela se arriscou, e deve ter utilizado os refugiados como mão de obra não qualificada, naquelas atividades que não interessam aos alemães”.

Embora eu estivesse em outro ambiente, e o assunto era ainda a tal newgotiation. E, mal acabei de falar, um adepto das radicais políticas de Defesa dos Direitos Humanos se pronunciou: “E você acha que isto é um plano bem sucedido? Absurdo, usar refugiado pra tapar buraco…”

Eu não respondi… – ando numa Paz ultimamente…, mas pensei “Melhor tapar buraco do que ser enterrado nele”.

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