Dinheiro não cai do Céu

Muitas vezes ouvi essa frase do meu pai, achava até engraçada, e ficava imaginando uma chuva de notas caindo no quintal lá de casa. Chuva de dólares… Afinal, se é para imaginar, que se imagine direito.

A lembrança volta essa semana, quando se está na expectativa de nova tempestade como a de anos atrás, que deixou triste lembrança pelo Brasil afora. As autoridades do governo e o Serviço de Meteorologia anunciam aguaceiro que, do modo que dizem, vai cobrir a cidade do Rio de Janeiro.

De minha parte, conheço várias pessoas que mudaram de planos para o fim de semana e resolveram ficar entocados, protegidos em casa, na expectativa do que pode acontecer. À hora em que você estiver lendo esse texto, já saberemos se a informação é verídica ou se fake; afinal, parece que os serviços de meteorologia trabalham com técnica, mas também com a teoria das probabilidades, já que existem mil variáveis (vento, correntes, etc.) que podem mudar o cenário.

Mas tudo isso é conversa fiada (menos a preocupação, é claro). O que eu quero mesmo saber é: O QUE FOI FEITO PARA QUE NÃO SE REPITA A CATÁSTROFE DE ANOS ATRÁS?

Houve trabalho nas encostas? Retirada e realocação de habitantes das áreas de risco? Aliás… essas áreas estão mapeadas?

Tomara que sim, porque do mesmo modo que $ não cai do céu, a sorte é uma borboleta que escolhe em que flor vai pousar, e a flor das “providências” certeza que não é uma dessas flores. Deste jardim quem deveria cuidar são as autoridades.

Porque, depois que as casas rolarem ladeira abaixo não vai adiantar fazer beicinho e exprimir condolências. Na falta de obras e planejamento preventivo, seria melhor que as autoridades usassem megafones para gritar “SALVE-SE QUEM PUDER”!