Parabéns, Santinha.

Nossa Senhora Aparecida, quanto trabalho esse seu afilhado Brasil lhe dá.

Especialmente em tempos de eleição, em que a polaridade se assenhoreou do ambiente, e cada um quer mostrar como o outro é ruim, no lugar de mostrar “Olha como eu sou melhor”.

A todo momento recebemos posts dos mais absurdos, com algumas evidentes fake news, com outras notícias tão tristes ou denúncias tão graves que, mesmo estando dispostos a sair daquele circuito de amargura e de raiva, nos vimos na obrigação de divulgar, pois seria uma traição a um amigo conhecer fato tão grave não lhe comunicar.

Pois é, Santinha, vê se concede alguma benesse a este nosso povo sofrido, especialmente aos 13 milhões de desempregados que circulam no país, batendo cabeça em busca de uma oportunidade que não vem. E custa-nos entender por que não vem, se somos país de tanta riqueza, de tanta diversidade na flora e na fauna, de tanta inteligência que chegou a criar o “jeitinho brasileiro”, que a meu ver, se originou desde lá atrás, antes do Brasil ser uma Colônia. Pra mim, o “jeitinho” é o efeito perverso das benesses que temos, desta Natureza farta e generosa.

Vou explicar. Os primeiros habitantes nunca precisaram desenvolver nenhuma tecnologia complicada para estocar alimento, para desenvolver agasalho, e mesmo um teto para se abrigar.

Com o clima, a fauna e a flora abundantes, bastava cortar uns galhos de árvores, cruzá-los, improvisar uma cabana, deitar e descansar. O frio era suportável, não eram necessárias grandes tecnologias para curtir couro, nem para processar alimentos – não havia neve, nem tornados, nem furacões.

Era tudo muito fácil e muito rico. Isso atiçou o desejo de Portugal e dos espanhóis, e dos holandeses, e dos franceses.. Mas nos livramos de todos eles.

E peço neste dia 12 de outubro de 2018, minha Nossa Senhora, que proteja este povo e não permita que amigos se tornem inimigos, que se separem pais e filhos, gays de héteros, só porque alguém instituiu um discurso de ódio. Não permita, por favor, Santinha, quer o Amor, o Respeito e o Afeto sejam postos de lado, em nome de uma ideologia que não junta, não agrega mantendo cada um a sua convicção. E, por último mas não menos importante, não deixe que nos tornemos novamente uma Colônia.

Ah, e ainda tem essa história de negros & brancos…

Nesse campo, Santinha, você arrasa, porque é tão reluzentemente negra e é a paixão dessa multidão de brancos e negros que, unidos na Fé, todos os anos vão te homenagear.

Parabéns para você, nesse dia tão feliz. E rogai por nós, estamos precisando.

 

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