Um Brinde à Vida!

Alguns chamam de Melhor Idade, outros de A Boa Idade, já ouvi até chamarem de Aborrescência.

Claro que estou falando dos idosos. Sim, estou falando mesmo é de velhice.

Quando estudei Ciências, Biologia, as etapas da vida eram:  infância, adolescência, fase adulta e velhice, cada qual com sua idade limítrofe e suas características específicas. Não digo que os nomes das etapas tenham mudado, mas acho que tinham que inventar um nome novo para esses velhinhos (me incluo na lista) que chegaram aos 70 anos e ainda conseguem fôlego para encarar desafios, para produzir, para namorar, para viajar, emitir opiniões sem medo de serem tratados como senis. Enfim, pessoas que mostram na sua rotina que ainda existem e que estão aí para o que der e vier.

No item viagem, sabemos que os idosos formam um grupo que ocupa faixa significativa no mercado turístico (antes da pandemia, é claro). Ou seja, à medida que envelheceram, não se resignaram a ficar encolhidinhos dentro de suas casas e saíram para o mundo, e esta é uma realidade mundial, não apenas um dado brasileiro. Outra: antes da pandemia as escolas de dança estavam cheiinhas de alunos idosos.

Conversando com um enólogo, ele me disse que em seu site os idosos representam uma boa parcela dos seus clientes. Diz ele que a sua sorte foi descobrirem que o vinho contém Resveratrol, que tem efeito benéfico ao sistema cardiovascular.

É… os velhinhos são bem importantes para diversos setores da economia.

Tenho pensado nisso ultimamente, especialmente desde que o famigerado corona retirou do fator idade a preferência para mudar-se para o andar superior. Muitos jovens ficaram velhos da noite para o dia e, triste verdade, foram embora. E muitos velhinhos resistiram.

Se eu, que sou bobinha, me ocupo com o pensar na nova cara da velhice, a Ciência já tomou lugar no assunto e tenho lido estudos muito interessantes e inovadores.

E não é só no exterior, caros leitores. Tive acesso a uma tese de mestrado da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. A autora é a neurologista Karoline Carvalho Carmona, que – utilizando dados de um projeto de investigação epidemiológica realizado na cidade de Caeté/MG, estudou amostra de população de 75 anos ou mais, tipificou o que chamam de Super idosos.

Os indivíduos pesquisados nessa amostra foram submetidos a questionário socioeconômico, contaram seus hábitos de vida e passaram por avaliação clínica, neurológica e neuropsicológica.

E quem são os super idosos?

Os super idosos são pessoas que apresentam, na terceira idade, alto desempenho cognitivo, frequência menor de sintomas depressivos, menor demonstração de comportamentos como o medo, a menos-valia. São pessoas que mantém interesses na vida e mostram sinais importantes de vitalidade.

Esses estudos brasileiros são inovadores porque enquanto as outras pesquisas conhecidas tratam de pessoas com tempo de escolaridade entre 15 a 17 anos, os pesquisadores brasileiros examinaram amostragem de pessoas com tempo médio de escolaridade bem menor, o que pode indicar que a escolaridade não tem nada a ver com vida longa.

Sempre digo aos meus amigos: para viver plenamente é preciso marcar encontro com o futuro, ter sempre um projeto em mente, vivificar seus dias, energizar sua mente. Acredito nisso e tive grandes exemplos de que a vida pode ser vivida intensamente até o apagar das luzes.

Lembro de minha saudosa querida mãe, que aos 72 anos montou num jet-ski em Maceió, deixando rastro de espuma para o coitado do rapaz que alugava as máquinas. Pois é… essa história de super idosos não é tão nova assim. Vamos nessa, que a máscara taí para nos ajudar a romper as barreiras do Tempo, o resto é com você.

# queira viver mais, use máscara.

2 Comments

  • Claudia Marcia disse:

    Amei Daisy , que maneira deliciosa de escrever e nos colocar nos seus exemplos muito bem colocados …
    Ainda não sou super idosa, mas pretendo ser.
    Beijo carinhoso da Claudia Marcia

  • Denise disse:

    É verdade! Tem uma “turminha”,bem animada!👍👍👏👏👏🥰

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