Eu Tive um Sonho

Meus amigos, esta pandemia (me recuso a dedicar maiúsculas para essa coisa, com maiúscula se escreve nomes próprios e não uma impropriedade desse porte). Mas, como eu ia dizendo essa pandemia tem aberto meus olhos e ouvidos para coisas e fatos dos quais antes talvez eu não me dispusesse a conceder tempo.

Logo esclareço, e eis que estou falando sobre Propaganda.

Houve um tempo em que era comum dizer-se que “a propaganda é a alma do negócio”. Confesso que nunca mais ouvi alguém dizer esta frase, embora saibamos nós que vale mais que nunca, e como vale.

Se não levarmos em conta as possibilidades e hipóteses de manipulação do desejo, posso dizer que Propaganda tem um nobre papel nas Artes, na Ciência, na Política, ora… quer saber? É importante pra caramba a tal da dona Propaganda, apesar de ter convencido algumas gerações de que fumar era ótimo, que era profundamente sexy, e apesar de ter cometido outras tantas inverdades, reconheço que sem ela, muito possivelmente grandes talentos ficassem desconhecidos, costumes se mantivessem na Idade da Pedra, certamente não conheceríamos os benefícios de medicamentos…

Bom, tanta coisa importante ficaria obscura…, eu passaria a semana inteira a discorrer sobre o assunto e minha crônica sai aos sábados, sendo hoje sexta tenho que me apressar.

Mas, quando abro o Youtube para checar uma informação, meus amigos, resolvi mudar o tema da crônica para este de agora.

Por que? Ora, antes de chegar ao site do meu interesse, entra uma mensagem que venho recebendo repetitivamente nos últimos dias: “Você, com mais de 55 anos ainda não aprendeu Inglês?”

Por favor… Gente, que é isso? São Nizan Guanaes, dá um help aqui porque a moçada pirou…

Ora vejam só, meus amigos, em tempo de isolamento, sabendo-se que pessoas acima de certa idade estão com recomendação de se proteger, quando ninguém está viajando até porque muitas fronteiras estão fechadas para os brasileiros, vem alguém falar em “aprender Inglês”? E, repetitivamente, porque constantemente quando abro o Youtube vejo a mesma coisa.

É…, só pedindo mesmo ajuda a santo, e aí me lembro de matéria que li, feita por Júlio Bonelli, em que ele entrevista Nizan Guanaes, não bastasse ter citado o trabalho monumental de Nizan para A Folha de São Paulo, ele fez perguntas ao publicitário tão brilhantemente respondidas, que até eu aprendi os princípios básicos da Propaganda.

E não esqueci.

Vou enumerar alguns conceitos (?), lembretes(?)… melhor dizer Fundamentos, porque foi aula mesmo.

  1. Esteja perto do Cliente
  2. Conteúdo é a nova Propaganda
  3. Seu Cliente quer comprar agora?

Depois disso, ouvindo a história lá do curso de Inglês para os maiores de 55, só posso dizer: KKKKKK

Inútil me estender sobre o assunto, discuti-lo, pelo óbvio do absurdo.

Mas eu posso fazer algo, claro que posso. Quem escreveu a citada propaganda, ou quem quer escrever alguma, dá uma olhadinha na matéria que eu citei, vale a pena, é fantástica. O link é https://www.startse.com/noticia/startups/o-que-aprendi-em-1h-com-nizan-guanaes

E depois… ler o que diz Nizan Guanaes é qualquer coisa de maravilhoso; até descobri porque a frase “alma do negócio” ficou obsoleta.

É porque às vezes, a propaganda pode ser a “arma” do negócio…. Fazer o quê?

Ah! Você há de estar se perguntando “e o que tem a ver esse texto com sonho”?

Vou te dizer um segredo: quando eu publiquei meu primeiro livro o dono da Editora, cheio de promessas, perguntou: “Quem você quer que faça o Marketing?”

Respondi: Nizan Guanaes.

Aí acordei, o sol já ia alto e eu estava atrasada para o trabalho.

# Fique em casa, só saia se não tiver alternativa.
# Mesmo que tenha menos de 55 anos…

1 Comment

  • A.J. Cardiais disse:

    Gostei disso: “A propaganda pode ser a ARMA do negócio”. É assustador. O pior de tudo é que estamos à mercê desta “arma”, o tempo todo.

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