Poliana

Não me chamo Poliana.

Sabem, a menina que deu nome ao romance, aquela que vivia fazendo o “jogo da felicidade”. Se você nunca ouviu falar, tenho a lhe dizer: a história ficou tão importante que inúmeras pesquisas científicas certificaram – o ser humano tende a focar sua memória nas lembranças boas, e assim a Psicologia identificou a “Síndrome de Poliana”.

Pois é… Pensar demasiadamente positivo é síndrome. Mesmo assim me arrisco a confessar que a Pandemia trouxe no seu bojo muitas coisas que eu não posso classificar de boas, mas assumo que foram importantes.

Fique bem claro, não estou desmerecendo o horror que foi essa praga Covid. Mas hoje tenho certeza que os chineses sabem o que estão dizendo quando escrevem a palavra “crise’ com dois caracteres, o primeiro que significa risco, perigo, e outro que significa entre outras coisas, ponto crítico, e até oportunidade.

Na pandemia, a casa virou de cabeça para baixo, e tivemos que reeducar nossa percepção para rearrumá-la.

Sim, a crise Covid ofereceu tempo, isolamento e informação para que pudéssemos todos refletir sobre a nossa vida. Oportunidade para que pudéssemos descobrir o que realmente nos é imprescindível, encontrar nossa voz interior, distinguir quem é amigo e quem faz firula sem conseguir convencer. Foi um tempo de tristeza, sim, foi. Mas para quem sabe aproveitar oportunidades na vida pode ter sido um tempo de amadurecimento e descoberta.

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