A Mulher de César

Era uma vez um imperador romano que se chamava Júlio César. Que era casado com uma beldade para os padrões da época. Que era a segunda mulher do imperador e tinha por nome Pompéia Sula .

O casal era conhecido pelas grandiosas festas regadas a vinho e muita alegria. Bom, para encurtar a história, eram verdadeiras, estas sim, verdadeiras… Bacanais.

Bacanais, você leu certinho, não tenha dúvida. Só que o sentido de bacanal era outro. Sim, muito outro… Bacanais eram festas oferecidas a Baco, o deus do vinho, da festa, da alegria, do prazer. A princípio tais festividades eram tipo um Clube da Luluzinha, só mulheres participavam. E dançavam como loucas, vestidas em peles de animais, bebiam vinho até despejar pelos olhos.

Pois bem. Durante uma destas festas, mais ou menos no ano 62 a.C., um nobre rapaz, Publius Clodios, se disfarçou e entrou na festa. Você pode estar pensando… Ora, era mesmo muito prazer para ser usufruído apenas por mulheres. Assim pensaram mais tarde os garotões e entraram na brincadeira. Foi quando as festas adquiriram a característica que lhes fez entrar para a História com o significado que tem hoje.

Mas, voltando à vaca fria – a festa na Casa de Júlio César – a intenção de Publius não estava ligada a nenhuma questão de gênero. O mancebo foi de penetra porque era apaixonado por Pompeia. Entretanto, o disfarce foi percebido, ele foi descoberto e acabou num Tribunal – o STF da época.

Pois acreditem, foi absolvido, o próprio Júlio César o isentou de qualquer tipo de adultério, encarando aquilo como apenas um ligeiro “malfeito”, que não tinha acontecido nenhum adultério, etc e tal.

Logo depois, César divorciou-se de Pompéia.

“Machista” – nós, os politicamente corretos, diríamos a ele. E ele repetiria o argumento que usou naquela ocasião: “À mulher de César não basta ser honesta, precisa parecer honesta”.

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