Só que…

Em filmes, quando vejo as famílias sentadas à mesa agradecerem pela comida e fico mobilizada, acho que faz sentido, e me prometo: “daqui por diante farei isto”.

Só que… (tem sempre um só que)… no dia a dia acabo me esquecendo.

Ontem, entretanto, consegui.

Só que… (Eu não disse que tem sempre um só que?) Quando comecei a agradecer percebi que minha cadeia de gratidão não cabe num único agradecimento. Para que minha Gratidão me deixe satisfeita precisa contemplar desde a própria terra que carinhosamente acolheu as sementes, até cada uma das pessoas que participou do processo: quem separou as sementes, quem semeou, quem regou e protegeu, quem colheu, quem transportou, quem vendeu e quem preparou.

É muito “quem”, mas foi o empenho de todos que me possibilitou estar aqui, agora, sentadinha à mesa de mãos limpas enquanto outros sujaram as mãos de terra, confortável enquanto outros percorreram plantações no sol e na chuva, e profundamente agradecida.

Estou me prometendo exercitar esta gratidão em todas as refeições… Só que…

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