Raymundo, meu mestre

Num dia, pensei, seria, uma Chef cozinheira:

Faria doces delícias pra alimentar a aldeia inteira.

No outro pensei que fosse gourmand de primeira linha,

Muito embora eu usasse avental lá na cozinha.

Mas, como fui distraída e acreditei no mundo,

O que me restou da lida foi um vazio profundo

E só não abriu ferida pois sou filha do Raymundo

E o velho me ensinou uma receita estranha,

Com mel e muita castanha – do Pará, com chá de guaco,

Que acaba com qualquer manha, encerra balacobaco.

O velho – quieto, calado, no meu tempo de menina,

Me ensinou bombocado de coisa boa, que preste,

Pois se não foi boa rima, sempre foi um grande mestre.

1 Comment

  • Denise disse:

    Parabéns pela crônica simples,curta e,claramente,do fundo do coração!
    Concordo com vc inteiramente! Nos ensinou muitas coisas,valores importantíssimos que,graças a Deus,conservamos todos!
    Foi um grande mestre!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *