Tempo de Páscoa
Sempre que me deparo com uma cena de caça me vem à lembrança a poesia de CDA, sentido perfeito e bem-humorado para os tempos que vivemos, tempo de Hipocrisia tão frequente, em que pessoas censuram, por exemplo, a caça aos animais, ao mesmo tempo em que caçam uns aos outros pelas razões mais bizarras, mais intolerantes, como, por exemplo, a divergência de opinião, o poder econômico, perseguição religiosa.

Não vejo a menor vantagem em se expor restos de animais, mas fico muito feliz quando vejo o respeito a pontos de vista, sem polarizações, sem essa de “o mundo todo está errado, minha opinião é soberana”.
Como estamos em época de reflexão cristã, relembro a poesia Anedota Búlgara, de Carlos Drummond de Andrade, para que juntos possamos refletir sobe a diferença entre o ser humano e os animais.
“Era uma vez um czar naturalista que caçava homens. Quando lhe disseram que também se caçam borboletas, e andorinhas… Ficou muito espantado e achou uma barbaridade.”
Carlos Drummond de Andrade, Anedota Búlgara